Ao adentrar em uma exposição, o historiador tem uma sensação de liberdade sem igual. O espaço expositivo é bastante diferente – num primeiro momento – daquele em que ordinariamente ele circula. Ao chegar ao arquivo ou à biblioteca, por exemplo, encontra seu material de trabalho previamente organizado, serializado, enfim, numa ordem do discurso já engendrada e que, implicitamente, oferece significados.
Ao contrário, uma exposição de arte contemporânea quase sempre apresenta uma ordem outra. É claro que, em pouco tempo, é possível perceber que um trabalho de arte contemporâneo pode ser ainda mais demarcado que um arquivo. Mesmo assim, um encantamento - ainda que passageiro.