Arte grega

A FAAP estava repleta dos gregos e romanos. Maravilhoso. Muito se fala em arte grega nos cursos de história da arte e mesmo para compará-los com outras manifestações – Renascimento, Neoclássico, etc.). No entanto, brasileiros que somos (de cabreiro e na barriga da miséria, como lembra filho do Sérgio Buarque de Hollanda), temos poucas chances de ver de perto estes trabalhos. E é realmente importante vê-los de perto porque é preciso sentir seu tamanho e peso, percorrer com os olhos seus corpos, enfim, tornar a visão quase que tátil.
É impressionante como, para os gregos, a arte estava na vida. Esta discussão – que a arte contemporânea reinvidica para si – de aproximar arte e vida é coisa antiga para os gregos. As coisas do mundo (vasos, discos, mesas, arquitetura, etc.) eram artisticamente processados em algum momento de sua confecção. Outra coisa que impressionou muito foi ver os vasos e utensílios de mesa. Alguns são enormes e a camada pictórica é bastante forte. Trazem narrativas sobre a vida, sobre a cidade.
A exposição da FAAP, com obras do acervo do Museu Pergamon, de Berlim, tem o grande mérito de trazer peças anteriores aos gregos e mesmo posteriores (romanas) para podermos observar o que foi o tal do milagre grego. Eles saem de uma escultura dura, cujo corpo é rígido e quase sem forma, para chegar numa escultura repleta de traços e de volume. E, principalmente, de movimento. É nos trajes, por sinal, que se pode melhor ver este movimento. Nas dobras, cortes que as roupas proporcionam que os artistas gregos se divertiam. Era ali que mostravam sua virtuose. [F.C.B]

Só não precisava de telhado, escadarias, jardim artificial, entre outras coisas para montar esta exposição. Dizer que o Jorge Coli andou criticando isso (não li). Ele realmente estava certo. [F.C.B]

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